terça-feira, 24 de maio de 2011

Justiça exige fiscais para garantir 80% dos ônibus em SL


A greve dos motoristas, cobradores e demais funcionários do transporte coletivo continua. Ontem, o Sindicato das Empresas de Transporte (SET) e o Sindicato dos Rodoviários debateram as reivindicações durante cinco horas no Tribunal Regional do Trabalho do Maranhão (TRT-MA).

A negociação foi mediada pela presidente do TRT, desembargadora Márcia Andréa Farias da Silva, e pelo procurador do Trabalho, Mauricio Pessoa Lima.

A reunião também foi acompanhada por representantes da prefeitura. Com a continuidade do impasse, a desembargadora decidiu manter o bloqueio da conta do Sindicato dos Rodoviários pelo descumprimento da liminar que determina a circulação de 80% dos ônibus, além da presença de um fi scal em cada garagem para checar a saída dos coletivos. Na tentativa de pôr fi m à greve, o procurador do Trabalho ingressa hoje com um dissídio coletivo de natureza econômica,com pedido de antecipação de tutela.

O entendimento mais próximo a que os dois sindicatos chegaram foi em relação ao reajuste salarial. O Sindicato dos Rodoviários desceu o percentual de 16% para 13% e o SET subiu de 2% para 6,5%.

Os principais entraves para o consenso entre o SET e os Rodoviários foi a redução da jornada de trabalho de 44 horas semanais para 36 horas e o pagamento das horas extras em 100% em substituição aos atuais 50%.

O Sindicato das Empresas se dispôs a negociar apenas o reajuste salarial, o tíquete alimentação e o plano de saúde. Os epresentantes da entidade lembraram que na última convenção coletiva de trabalho assinada pelas duas partes, apenas os três itens seriam negociados este ano, enquanto outras reivindicações seriam discutidas em 2012.

O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Dorival Sousa da Silva, afi rmou que sem negociar os dois pontos propostos por eles, será impossível reverter a greve.

Ele destacou que os motoristas não possuem tempo para descanso entre as viagens e que as empresas obrigam os funcionários a trabalhar em viagens extras durante o horário de pico como reforço às viagens normais.

O pagamento das horas extras no valor de 100% seria uma forma de recompensar esse esforço. O SET argumentou que assim como os empregados, também possui interesse de rever itens que não foram previstos na convenção, mas que isso tornaria a negociação infindável.

Sobre o descumprimento de horários de descanso e outras questões trabalhistas, os representantes das empresas disseram que os funcionários devem procurar o Ministério ou Promotoria do Trabalho.

Eles destacaram também que a redução da carga horária já está "sub judice", ou seja, sendo analisada pela justiça.

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