quinta-feira, 14 de abril de 2011

Estudantes atingidos por atirador relatam dificuldades para esquecer momentos de terror

Três estudantes que presenciaram a ação de Wellington Menezes de Oliveira no ataque à Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio, há uma semana relataram ao R7 na tarde desta quinta-feira (14) os momentos de terror e as dificuldades de esquecer as cenas do massacre. O trio quer voltar a estudar, mas não sabe qual será a reação ao voltar para o local onde testemunharam a tragédia.
Os adolescentes Alan Mendes Ferreira, de 13 anos, Carlos Matheus Viena, também 13 anos e Renata de Lima Costa, de 14 anos, estavam nas salas invadidas pelo atirador. Alan foi o segundo alvo atingido pelos disparos de Wellington. O garoto diz que o atirador entrou na sala, colocou uma bolsa em cima da mesa e começou o ataque.
- Ele colocou uma bolsa em cima da mesa e logo depois começou a atirar. O primeiro tiro foi na cabeça de uma amiga minha que morreu, a Samira, e depois me acertou. Mesmo ferido eu consegui fugir.
Alan estudava na primeira sala invadida por Wellington e foi baleado três vezes antes de conseguir escapar. Ele foi atingido no rosto, no ombro e na mão. Ele passou por cirurgias na face e estava de óculos escuros.
Já na segunda sala estava Carlos que também foi atingido por três tiros. Durante a entrevista, o garoto estava nervoso e abatido. O garoto foi ferido no braço e usa uma tipoia.
- Na minha sala ele falou que ia matar um menino só porque ele estava passando mal e, acabou atirando nele mesmo. Foram momentos que nunca vou esquecer.
Renata que estuda com Alan e também estava na sala quando o autor do crime começou os disparos contou como ele se comportava.
- Ele aparentava estar muito tranquilo e ainda ria depois que atirava. Fui uma das poucas que não fui atingida, porém não vou esquecer o que aconteceu.
Todos os três adolescentes compartilham da mesma ideia que será muito complicado voltar a frequentar um local onde amigos morreram. No total foram três mortos na sala do Alan e Renata e, nove na sala onde Carlos estava.

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