Logo após a confirmação da vitória, o vice-governador recebeu uma ligação do ex-ministro José Dirceu (Casa Civil) que o parabenizou pelo desempenho. Bira deixou o Sesc do Olho d’Água, local do encontro, sem falar com a imprensa.
Washington declarou que a vitória não era dele, mas do PT. “Nossa militância agora precisa estar unida porque eu sou o candidato do partido. Em primeiro lugar quero unir todo o partido. O PT pode e vai fazer o prefeito de São Luís”, discursou o vice-governador sendo carregado pelos militantes.
Na sua última intervenção antes da votação, Bira fez um discurso de derrotado. Disse ser católico e ainda acreditava em milagres. Não foi dessa vez. Durante toda a plenária, ele provocou o adversário por conta da aliança do PT com o grupo Sarney. Até panfletos foram distribuídos atacando o vice-governador. “Não sou submisso ao PMDB. Tenho uma aliança programática de quem tem responsabilidade com o Maranhão. Essa é uma aliança necessária para o desenvolvimento do estado”, declarou o vice.
Agredida pelos “biristas”, a observadora do Diretório Nacional Vera Gomes disse que Lula só não sofreu o impeachment durante a crise do mensalão por causa da interferência do presidente do Senado, José Sarney (PMDB).
Diante das provocações de Bira, os militantes pró-Washington começaram a gritar “devolve”, “devolve”, “devolve”. Era uma referência ao fato dos deputados maranhenses receberem 18 salários por ano. Bira tinha acabado de discursar dizendo ter defendido o corte de 18 para 13 salários. “Ele tem de devolver o que recebeu a mais”, defendeu o vice-governador.
No final, já prevendo a derrota, Bira deu sinais que não sabe perder. “Se o Washington fosse o escolhido do PT já teria o nosso apoio, mas ele é o candidato da Ilha de Curupu”, provocou numa referência à propriedade da família Sarney.
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